CONEXÃO FUTURA+
Encontro 24/09/2024
Pergunta 1. O que podemos esperar para 2025 com a visão que temos hoje?
Resposta: Para o cenário global esperamos uma desaceleração gradual da atividade econômica com os indicadores de inflação convergindo para as metas. Com relação as classes de ativos nossa visão é bastante construtiva sustentada pela sincronicidade de corte de juros dos países desenvolvidos. Como ponto de atenção destacamos as eleições americanas, potencial conflitos geopolíticos e possível realização momentânea da bolsa americana dado o nível atual de preço.
Para o cenário local, nossa expectativa é que o novo ciclo de alta de juros que se iniciou em set/24 resultará em retração da atividade econômica e queda da inflação.
Em relação aos preços dos ativos, acreditamos que o mercado local continuará apresentando volatilidade principalmente por conta das incertezas a cerca da condução da política fiscal pelo governo.
Entretanto, vemos bastante oportunidade em praticamente todas as classes de ativos (câmbio, pré-fixados, juros real e bolsa) pelo fato de acreditarmos que os preços dos ativos já incorporam boa parte dessas incertezas.
Na nossa visão, uma reprecificação importante dos preços dos ativos poderia ocorrer a medida que os dados demonstrem um arrefecimento da atividade, deterioração do mercado de trabalho, redução da inflação e principalmente um maior compromisso do governo com o quadro fiscal brasileiro.
Pergunta 2. Não falta um pouco de competência no executivo e vontade política no legislativo?
Resposta: Não responderemos essa pergunta uma vez que os temas relacionados a política.
Pergunta 3. Os cenários não deveriam ser explicados para a população para que todos possam entender para onde o navio está indo?
Resposta: Concordamos com este ponto, e por isso a cada dia as instituições se esforçam mais para que a informações cheguem as pessoas.
Exemplos dessas iniciativas são: as lives, podcasts e canais no instagram que trazem noticiais e informações bastante atualizadas
Ou um exemplo mais prático o evento da Futura +.
Pergunta 4. Para estes horizontes de longuíssimo prazo, qual a porcentagem que a alocação em Bonds e Ações internacionais para composição de carteiras cautelosas, moderados ou arrojadas?
Resposta: Importante ressaltar que o nível de alocação entre as classes de ativos varia de acordo com o cenário econômico e expectativa de retorno das classes. Atualmente as nossas carteiras moderadas e agressivas possuem 6% e 8% de exposição no exterior, respectivamente, sendo: 50% Bonds e 50% Equities
Pergunta 5. Mesmo com um CDI tão atrativo vale a pena fazer hedge com DAP?
Resposta: A despeito do elevado nível de juros no Brasil, investimento em ativos atrelados a inflação que remuneram IPCA + 6,5% de taxa de juros real nos parece bastante atrativo, principalmente quando consideramos o histórico de inflação brasileiro.
Pergunta 6. Diversificação é vital, mas segurança também. Alem de investimentos no Brasil em Renda Fixa ou Bolsa, investimentos em Dólar teriam segurança em aplicações de Fundos de Renda Fixa em Luxemburgo?
Resposta: Sim, a diversificação é uma componente essencial para a construção de um portfólio eficiente. Ter uma exposição cambial é importante para reduzir o risco total do portfólio. Porém não necessariamente será a melhor estratégia sempre. Por outro lado, ao avaliarmos um investimento no exterior (exemplo: EUA), é importante levarmos em consideração vários aspectos como: a atratividade do mercado, o nível dos preços dos ativos e o diferencial de juros entre os países para então definir se essa alocação será com ou sem exposição cambial. No momento atual, a nossa visão é que o Real deveria se valorizar em relação ao USD decorrente da expectativa de aumento do diferencial de juros entre os países dado o momento distinto de política monetária entre eles. Enquanto os EUAs iniciaram o processo de cortes de juros, o Brasil está num movimento contrário, de alta enquanto nossa inflação está subindo e a atividade econômica permanece aquecida.
Pergunta 7. Qual o valor eu deveria ter em previdencia privada, para manter a mesma renda mensal que tenho atualmente quando eu aposentar? Tem alguma fórmula sugestiva para encontrar esse valor?
Resposta: Existem formas sofisticadas de fazer esse cálculo, mas, apenas para que você tenha uma ideia, uma regra de bolso famosa é a de 25x.
Imagine que você deseja receber uma renda de R$ 5.000,00 mensais da sua previdência privada, um valor hipotético (ou o seu atual salário). Basta calcular o valor anual (R$ 60.000,00) e multiplicá-lo por 25 para chegar ao valor necessário – no caso, R$ 1.500.000,00. Essa regra considera que você usará o dinheiro ao longo de 3 décadas, consumindo 4% das suas reservas por ano. Em outras palavras, por essa regra de bolso, você precisa, sim ser milionário ou milionária para se aposentar com uma renda de R$ 5.000,00 na fase de usufruto.
Se assustou? O importante é se mexer logo!
Mas não se desespere porque também tem boas notícias:
- Você não vai precisar trabalhar por todo esse patrimônio: você terá uma ajuda incrível dos juros compostos
- O leão pode te ajudar (e muito): previdência permite uma economia surpreendente de impostos – como fora de incentivo a quem se prepara para o longo prazo
- A empresa dobra a sua contribuição básica – no plano que a empresa te oferece como benefício (RaizPrev, Futura II ou FuturaFlex) você contribuiu com um valor e a empresa dobra este valor. Ou seja, metade do esforço seria sua e outra metade da empresa!